quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012






E pela primeira vez realmente não sei o que dizer. Eu até poderia estar fugindo, fingindo não saber o que dizer, mas sinto aqui dentro algo que ainda não achei um nome. Fico pensativa, olhando para o nada, contando as estrelas, vendo o sol se pôr deixando pra trás um céu alaranjado, admirando a lua misteriosa na escuridão da noite e nada, nada que possa explicar tudo vem a tona. Vazio, cansaço, falta, vontade, indecisão, é como se eu fosse um bolo recheado de emoções indecifráveis, daqueles que tu só descobre o recheio, depois da primeira mordida, sabe? Eu gostaria, de verdade, ter uma resposta, um nome, alguma coisa pra isso que ando sentindo, mas acho que já me expliquei tanto, acho que já me revirei tanto atrás de uma resposta, de uma solução que agora é como se eu fosse um daqueles enigmas, daqueles problemas matemáticos que todo mundo desiste de resolver, daquelas perguntas que vivemos perguntando nunca obtendo uma resposta. Me sinto como um caso perdido. As vezes acho que estou apenas esperando a minha sentença, mas no fundo, bem lá no fundo, eu sei, infelizmente eu sei que só estou perdida, sem saber qual meu caminho, destino, direção e essas outras coisas que temos que saber para seguir em frente, para virar a página, para ir para o próximo parágrafo. Eu não sei explicar mais o que se passa aqui dentro, e sinceramente, cansei de tentar explicar, acho que agora meu silêncio finalmente vai falar mais alto, acho que agora ele irá falar muito por mim, pelo menos até eu encontrar um caminho, uma solução, ou um nome pra tudo isso que anda assombrando minha vida.

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