sexta-feira, 31 de maio de 2013

Tudo bem, falar de tu nunca foi fácil. Principalmente porque eu nunca soube aceitar muito bem tudo o que tu me faz sentir. Porque o teu jeito diz muito sobre mim, porque tu me transformou. Tu sempre foi um bobo, e eu nunca soube concordar com nenhuma ideia tua. Mas a primeira vez que a gente bateu um papo, tu disse que gostava de algumas bandas que eu curto. E ficou ouvindo meu repertório de música. Logo eu, que nunca deixei ninguém ouvir as musicas do meu celular, nem me importei contigo pegando meu fone. Tu sempre foi um poço de incerteza e mistério, e eu nunca tive curiosidade de me aprofundar em ninguém. Mas tudo o que eu descobria de ti, me deixava querendo saber muito mais. Esses dias tu tava meio distante, e quem acabou perdida foi eu. Tu sabe, depois que tu apareceu eu encontrei o caminho de casa. E se tu desaparece eu perco ele, perco o sentido quando te sinto longe. Engraçado pensar assim, como se tivesse te sentido longe de mim e só tivesse sentido perto de ti. Ta aí mais uma coisa que tu é bom, me fazer me sentir perdida. Mas é nessa “perdição” que eu tenho me encontrado. Porque o que eu sinto por ti sempre combinou comigo. Porque eu nunca soube exatamente o que era, então pra mim se tornou uma bagunça. Meia fora da gaveta, short no chão, maquiagens fora do lugar, calça do avesso e uniforme da escola na cabeceira da cama. Agora transforma tudo isso em sentimento e me diz se é fácil sentir isso por ti. Pois é, eu transformei tua cabeça numa bagunça e tu me deixou mais bagunçada do que já era. O pior é que eu sempre pude chamar minha mãe pra arrumar a bagunça do quarto. Mas dessa bagunça aqui, só tu entende. Consequentemente, só tu pode arrumar.

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