segunda-feira, 5 de março de 2012




“levante-se” dizia a minha mente, mas meu corpo relutava dizendo “não!” apenas obedeci. Por alguns minutos encarei o teto como se fosse a coisa mais interessante do mundo, mas assim como grande parte das situações, aquilo perdeu a graça. Levantei-me e olhei o céu pela janela, suas nuvens estavam estranhamente escuras, parecendo me lançar um olhar irônico. Passam-se os olhares sarcásticos e iniciam-se os estrondos ensurdecedores, pude compará-los a minha consciência, barulhenta e desorganizada. Aquela baderna mal calculada deu um basta, dando espaço ao nada… remoto e bizarro, era estranho, assim como eu. Apenas observava a um fênomeno tão natural, porém tão cheio de significados, mesmo que simples. Quebrou-se o silêncio, as pequenas gotas de chuva lavavam as ruas e molhavam as flores de um modo surpreendente, mas chega, tudo teve um fim. O sol calmamente surgiu, belo e cativante. Minha vida precisava ser assim, precisava apenas de uma enxurrada para levar embora todos os males e tristezas, dando lugar a alegria, mostrando que vale a pena esperar e que nem toda dor foi em vão.

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