terça-feira, 6 de março de 2012




Você me inspira, me faz escrever, me faz querer. Porém hoje eu não busquei inspiração em você. Não te traí, apenas bebi até esquecer-me do quão me dói te ter tão longe. Me embebedei. Não me orgulho disso, não me dê uma estrelinha, carimba “idiota” na minha testa que já tá de bom agrado. Mas, eu pensei em você. Tomei aquele vinho que eu havia guardado com carinho para tomar com você. Esperei minutos, horas, e dias por você. Não recebi resposta, ilusão da minha parte esperar por alguém que não virá. Então, saí e percorri ruas na qual gostaria de ter passado com você. Observei a lua, aquela que eu queria que iluminasse eu e você. Vinho guardado com o tempo melhora, mas amor guardado não. Mas não teve jeito, cansei-me das minhas frases-feitas, desse texto feito, bebi na esperança de que aquele efeito que apenas você me causava passasse. Efeito bom, outrora efeito ruim. Busquei naquela garrafa, naquele vinho, uma felicidade que eu sabia que não iria encontrar. Ainda tonta segurei aquele vidro, aquela garrafa, que gira, corta, quebra, sangra, se não bem segurada. Olhei para aquele rótulo, forcei os olhos para ler as letras. Chamava-se saudade aquela delicada garrafa. Chamava-se porque não mais há. Eu bebi todo o vinho nem sequer dei ouvidos ao aviso naquela garrafa: aprecie com moderação. Tarde demais, me embebedei. Agora é me livrar desse vício que não tenho, bebi só por um dia para me livrar dessa rotina de querer amar você. Vou me matricular em algum programa, algo do tipo ”pessoas que amam demais”, vou me matricular em mim mesma, erguer a cabeça e repetir ao fim da noite: “Mais um dia”. Mais um dia sem você.

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