sábado, 30 de março de 2013

Ela era diferente das outras garotas. Era uma menina que tinha amor próprio, se amava dos pés a cabeça. Essa auto-estima lhe fazia muito bem, lhe trazia sorrisos todas as manhãs. “Há como seria bom se todos tivessem amor próprio, imagina só como seria bom se o mundo fosse feito de pessoas bem humoradas todos os dias.” Pensou ela. A pequena moça frágil e de coração bobo se sentia bem consigo mesma (…) Mas para quem a via sempre sorrindo, não vinha a imaginar que antes dela descobrir seu amor próprio, sofria. Sofria de amor, um amor incorrespondido. Um sentimento que lhe tirava o sono todas as noites, que lhe fazia ficar com os olhos inchados e com o lençol todo molhado. Era algo assustador. A pobre menina passou anos nessa mesma rotina, era um sentimento muito forte. Até que ela se cansou desse teatrinho, de sofrer por quem não se importara. Parou de ser a tola dessa história. E finalmente começou a se amar, se amar exteriormente e interiormente. Colocou um sorriso no rosto e fez desse sofrimento, felicidade. Era uma menina que adorava poesias, vivia rodeada por elas. Era uma moça de coração doce, puro. Alma leve, com uma beleza estonteante, deixava qualquer um abismado. Estudiosa, vive de cara nos livros. Já tinha o futuro trassado até em lápis. Ela teve que aprender a ser assim. O sofrimento mostrou-a como era a vida. E da pior forma possível, porquê quem gosta de aprender sofrendo? Acho que ninguém, além dela. Apesar de ter sofrido tudo isso, ela conseguia sentir orgulho de si mesma. Orgulho por ter superado todos os obstáculos sorrindo. Orgulho por não ter acreditado quando as pessoas diziam “Ah, tu nunca vai conseguir isso”. Orgulho por ter enfrentado a guerra de cabeça erguida e ainda ter conseguido sair vitoriosa. Porque é isso que ela é, uma vitoriosa. Não é qualquer pessoa que consegue aguentar isso tudo, tem que ser forte. E ela foi, foi forte até demais. Só que agora, nada importa… Essa fase já passou, ela já se recuperou de todas as dores, as feridas se fecharam, e o pobre coraçãozinho dela é um novo! Sem nenhum arranhão ou remenda. Ela já não é mais a ingênua de antes, agora ela é uma mulher. Guerreira, sonhadora, vitoriosa. Uma mulher completa, que não pode ser comparada a nenhuma outra.

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