sábado, 30 de março de 2013


Ela estava sentada em um banco velho, na varanda de uma casa abandonada, a chuva caia lá fora, as gotas d’água batiam com força naquele velho telhado. O vento vinha em uma velocidade absurda, e balançava os seus longos cabelos castanhos, estava frio, e a qualquer momento alguma telha daquela casa poderia desabar; ela sabia disso, mas a vontade de ficar sozinha não a deixava ir embora. Ela havia procurado o lugar mais longe possível das pessoas, um lugar onde houvesse paz e onde ela estivesse só. Sem o grande barulho de automóveis que havia na sua cidade, sem pessoas para fazer sempre a mesma pergunta cansativa de se responder: “O que aconteceu contigo, pequena?”. Ali ela se sentia, finalmente, livre para “desabar”.
Então, sentada ali naquele banco, vendo a chuva cair, ela começou a pensar em tudo, e foi pensando em tudo que sua primeira lagrima caiu. Ela não conseguia entender o porquê que ele teve que partir, ela sabia que nunca iria ser feliz longe dele. Era como se ele tivesse levado uma parte de seu coração, e a outra parte estava morrendo pouco a pouco. Ela não conseguia engolir o fato de ter que ficar ali parada, o vendo partir, afinal, ela o amava. Ela queria estar ao lado dele, podendo abraçá-lo e beijá-lo, dizendo o quanto o amava. Ela precisava impedi-lo de ir embora, pois sabia que sem ele a vida não faria sentido. Enquanto a chuva caia, ela chorava. Sentada ali por horas a menina pensou em um jeito de “esquecê-lo”, mas chegou à conclusão de que não esqueceria seu amor, pois por maior que fosse a distância entre eles o amor que ambos sentiam, era maior.
Anos se passaram, a menina cresceu, tornou-se uma mulher porém, nunca esquecera seu amor que um dia partira. Voltando a casa abandonada a menina que agora mulher, se depara com um homem sentado na varanda. Aproximando-se ela percebeu que era ele, o seu amor. Ele estava de volta e havia voltado para buscá-la. O amor entre os dois era tanto que nem a distância, nem o tempo os separou. Ela sempre teve a certeza de que seus corações eram ligados de algum jeito, sempre teve a certeza que eles nasceram um para o outro. E obedecendo a leia da vida, os dois ficaram juntos. E agora, pra sempre.

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