sábado, 6 de abril de 2013

Entenda, tu já virou passado. Te encontro em algum lugar e não sinto mais aquele frio na barriga e nem borboletas no estômago como antigamente. Passo por ti na calçada das ruas e não desvio o meu olhar e te dou um leve sorriso como fiz da primeira vez que te encontrei por lá. As cartas velhas e empoeiradas que eu escrevia para ti estão no fundo da gaveta da minha escrivaninha já não são mais recordações pra mim, estão lá simplesmente pelo fato de nunca tirar um tempo no meu dia para dar uma faxina no meu quarto. O teu bom dia por educação ou sei lá o que no facebook já não me causa agonia nenhuma como me causava no mês passado. Acho que aprendi ou melhor superei… E acredite, eu vinha tentando superar isso há muito tempo, e enfim consegui. Consegui te tirar da cabeça e me colocar como prioridade na minha vida. A sensação de te olhar e não sentir mais aquelas coisas todas é tão boa, tu não tem noção. Agora eu me sinto livre, é como se nesse tempo todo eu estivesse presa a ti, e pensava eu que isso era bom, mas vejo que não, foi só um tempo de atraso. Agora sim eu posso olhar para o futuro com outros olhos, posso imaginar o meu futuro e não mais o nosso. Eu fui muito ingênua, muito boba. Agora parece que tirei as escamas dos olhos, agora consigo enxergar bem, consigo me ver feliz lá na frente. Feliz comigo mesma, me amando, me satisfazendo. Dormir à noite sem sonhar contigo é tão bom. E não, não sinto saudades de nada do que tu me fez sentir, me fez passar… Afinal, só senti amargura, me olhava no espelho e já não me reconhecia. Não era eu. Não sei como consegue ser tão frio, tão mal á ponto de ter pegado meu coração e aperta-ló. Me sinto libertada, como se eu estivesse presa em uma camisa de forças e estivesse sido libertada. Oh sensação boa de liberdade! Já não tenho mais preocupações. Já não tenho mais vontade de te escrever, escrever sobre nós. De todo aquele amor que senti por ti, não restou nada… Ou seja, por ti não restou nada. Com tudo isso aprendi, que é preciso eu ter amor próprio pra depois poder amar alguém. Hoje eu já não vejo as pessoas como as via antigamente, apaixonava-me por qualquer palavra bonita, gesto que eu pensava que era sincero, mas que no fim das contas era uma mera mentira, como tudo o que tu teve comigo foi. Eu não sei como tu está, se sentiu falta de mim em alguma destas esquinas que tu cruzou nesta vida desde então, mas sei que sentir a tua falta eu já não sinto faz tempo. Pra quê? Sentir falta do que só me levou pro buraco? Tu pode até ter me deixado lá, achando que eu seria submissa à ti por toda a vida, mas não fui, lembre-se que lá de baixo eu ganho mais impulso do que tu, malandro, que pensa que está por cima, mas só pensa, por que não está. O impulso que ganhei me colocou no topo, onde eu jamais estaria se dependesse de ti, não é? Enfim digo que de saudade tua eu não choro mais, que isso não me afeta nem me impede de viver. Espero que um dia alguém te faça enxergar que tu não é tudo isso, meu bem. Magoar não é competição pra ti querer largar na frente, partindo corações inocentes, mas um dia tu aprende, espero eu, da forma mais dolorosa que houver.

Nenhum comentário:

Postar um comentário