quinta-feira, 2 de maio de 2013

Era mais de três horas da manhã. Não aguentava mais retorcer em minha cama, sem sono, com todos os sentimentos fazendo pressão sobre meu peito. A dor que eu guardava a muito tempo, têm ficado cada vez pior. Olho pra estante, e tem aquele ursinho, o nome dele é teu nome. Lembro-me que tu me deu um ursinho no parque de diversão, comprou aquilo para mim só porque eu estava enchendo o teu saco. Vi teu nome em minha parede, e para distrair liguei o computador, e logo vi tua foto. E eu que tanto prometi a mim mesma que eu ia te esquecer. Mas é que não dá. Não dá pra desmanchar aquilo esse sentimento tão grande, e não dá pra apagar toda essa história vivida. Mas eu acho que tu já fez isso, não é mesmo? Deletou meu número do teu celular, cortou teu cabelo só porque eu amava teu corte e arranjou uma nova garota. Fica desfilando com ela pra lá e pra cá. Ela é bem do jeito que tu gosta: loira, delicada, com peito e bunda. Cada dia uma. Fico imaginando o quanto elas estão sendo iludidas por tuas palavras, assim como eu fui. Fico imaginando a todo o tempo o que tu deve tá sentindo e pensando, mas aí eu percebi que eu não tenho mais esse papel. Esse papel de protetora. Não tenho mais que te ajudar a caminhar, porque tu ficou bêbado durante a madrugada, não tenho mais que discutir contigo sobre o teu jeito grosseiro. Não tenho mais que te acompanhar em jogos de futebol, ou muito menos ficar sem falar contigo quando teu time perde. Não tenho mais que encobrir o que tu faz de errado da tua família, muito menos me culpar cada vez que nós brigamos. As vezes acho que esse ponto final em nós foi bom. Mas será que ainda dá tempo de colocar reticências?

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