domingo, 5 de maio de 2013

Sonhava em escrever o maior texto da minha vida.

14:46h, uma tarde ensolarada, tudo parecia estar perfeito. Acordei mais cedo aquele dia, estava disposta a tudo, fiz um café quentinho e fui beber na sala. Queria ter uma lareira, torradas e um jornal da cidade, aquele clima meio inglês. Sonhava com borboletas de todas as formas e tamanhos, e que o homem podia realmente amar. Mas sabe qual é o mal dos sonhos? É que são apenas sonhos.  Eu queria entender porque a gente sempre quer ter um pouco mais, não que isso seja ruim, não é, é até muito bom, mas queria entender o porquê.  Eu já amei muito nessa vida, amei rostos, animais, pessoas, sorrisos. É sempre uma experiência muito significativa. Da ultima vez em que me vi amando, estava amando um menino, alto, forte, e moreno. Todos os meus sonhos se depositaram nele de uma vez só, permita-me te explicar um pouco como é o amor. O amor de verdade é aquele que te faz ficar noites acordadas imaginando como seria perfeito se ver no plural, amor é aquilo que te deixa tonta por dias, te faz sorrir atoa, te faz chegar em casa deitar no travesseiro e não querer mais nada com a vida. Amor é uma coisa meio doida, não canso de dizer. Agora eu lembro que tinha prometido não escrever sobre o amor, muitos poderão dizer que eu nem sei amar direito, isso mesmo, eu não sei amar. Não sei como faz para dar certo, não sei como perdoar fácil e nem como esquecer de um hora para a outra. Tenho que admitir que não estaria escrevendo se ele não fosse o meu motivo. Acho que tu não deve saber de quem eu estou falando, mas falo dele que mora no meu coração faz um tempinho já, ele que rouba minhas noites de sono, e me faz esquecer o quanto legal pode ser a vida sozinha. Vai saber por que eu amo, porque eu entrego meu coração nas mãos de uma pessoa que eu nem sei se é confiável ou não, o meu Deus, toda essa ingenuidade me machuca ás vezes. Mas é que eu nunca fui muito seletiva, nunca pesquisei sites de relacionamentos, ou ruas mapeadas atrás de um amor que me completasse, tenho uma lista gigante de quem eu já amei, e posso te garantir que tudo é muito de repente. Vou te contar a história do Gabriel, menino doce que eu amava. Ele sempre passou o verão ao meu lado, o via desde os meus 9 anos mais ou menos, eramos diferentes, eu era a quieta ele um pouco mais bagunceiro, eu era arrumada, e ele o desengonçado, mas tinha uma coisa nele que me atraia e eu não sabia o que era.  .  Os meses foram se passando, e eu segui minha vida como havia de ser feito. O problema é que o Gabriel cresceu, e de uma forma rápida e hipnotizante. Tenho que admitir que arrumei muitos paqueras, eu era a namoradeira da turma. Já ele, o moço sério, bonito e altamente encantador. Acho que tu já trocou olhares com alguém, então tu deve saber que essa é a forma mais bonita e sincera de dizer que se gosta, ou que deixaria tudo para conhecer tal pessoa. Ele era a minha tal pessoa, dito e feito, nos conhecemos. Uma amizade incrível no começo, tudo um mar de rosas.  Acho que o amor no começo é sempre bom, é sempre o máximo dividir essa experiência com alguém. Posso resumir para ti, um pedido de namoro, uma carta, um urso, e um pedido de desculpas, belo ciclo ótimo para um casal apaixonado. Gabriel era meu príncipe, meu amor, tudo aquilo que eu esperei há anos, mas para ele eu era apenas a garota da praia. Acabou desse jeito mesmo, meio que sem história, sem começo e nem meio, pulamos direto para o fim. Me pergunto até hoje se eu já consegui entender a vida, mas acho que já sei a resposta.  Não vejo graça em sonhos que não podem se tornar realidade, como viajar para a lua e passar uns dias lá com ele.  Ele, ele, ele. Como o amor veio parar no meu texto? É tudo a mesma coisa, naturalmente eu sonho com ele, acordo e durmo pensando nele.  Ás vezes acho que estou ficando louca, quantos elefantes tu já viu nas nuvens? Eu já vi vários.  Sempre busco a explicação, como é que se faz a coisa mais bonita do mundo com tanta superficialidade, como se ama sem amar, é lamentável. Acho que sempre tive esse jeito meio confuso mesmo, antes eu não gostava dos Beatles, nem de xadrez.  Fico até horas da manhã sentada na frente de uma tela, tentando escrever meus sentimentos, queria conseguir descrever todos, queria poder te mostrar o mundo no meu ponto de vista.  Minha vontade é de sair na rua atrás de opiniões, gosto tanto da forma como as pessoas pensam. Uns gostam de azul outros preferem o rosa, e quem pode me dizer o porquê? A vida para mim é uma das coisas mais complexas e bonitas que existem, a odiamos por tudo, mas não viveríamos sem ela. Certo, não leve com humor, não sou engraçada o tempo todo. Poderia escrever um livro, te contar todas as minhas experiências, mas acho que não valeria a pena. Traga-me um pouco de chá, porque acordei disposta a falar do amor. Quantas noites de sono eu perdi pensando nele, não é brincadeira. Mas sempre me pergunto se realmente vale a pena amar, realmente vale a pena se entregar para alguém que não estará mais contigo em alguns dias. É só questão de tempo, assim como a atração é questão de pele. Meu problema é que acho muito.  Tenho mania de achar que as pessoas são confiáveis, tenho mania de achar tudo legal. Acho até que sou a pessoa mais eclética do mundo, gosto de tudo. Tenho uma leve impressão de que não deveria estar escrevendo, mas eu preciso compartilhar meus momentos de loucuras com alguém.  Hoje eu vi uma borboleta, ou sonhei com uma, não sei, mas ela era perfeita. Raro, muito raro, a perfeição nem se quer existe. Minha vontade é de acordar de manhã e ter alguém para amar, queria recitar poemas, e conhecer Vancouver. Sonhos, não é mesmo? Mas o que custa alguém me amar, me amar nem que seja só um pouquinho, me amar enquanto eu ainda estou disposta a ser amada.  Queria que ele me ligasse de manhã só para perguntar se eu estou bem, se eu dormi bem, ou se sonhei com ele.  Queria poder dividir um pouquinho desse amor, ir a um cinema de vez em quando faz um bem danado.  Queria que ele me desse uma caixa de bombom e elogiasse minha roupa, queria carinho, paixão, olhares apaixonados, mas só se fossem dele.  E ele me olha com aquela cara de anjo como se dissesse “eu te quero, mas não agora.” E eu continuo esperando como sempre faço, como as bobas sempre fazem.  Mas eu ainda tenho esperanças de que ele vai me ligar, vai me amar, me querer só um pouquinho. É que amar dói tanto que tu se tranca e se congela em um mundo só seu, mundo de fantasias mesmo. Mas eu acho que já chega, já chega de falar de amor, já chega de tentar fazer tu entender uma coisa que nem eu entendo direito. Mas posso de dizer, como um ápice, um desfrecho que eu gostaria que tivesse, que entre amor e sonhos, eu prefiro os sonhos. Amor sincero quase não existe, mas podemos sonhar com eles, e posso te dize, com toda a verdade do mundo, que sonhos se realizam.

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