domingo, 5 de maio de 2013

Eu prometi nunca mais amar. Não sei porquê ainda faço esse tipo de promessa, aliás, não sei porque ainda faço promessas, afinal, eu nunca as cumpro mesmo. Todo ano prometo que não amarei mais ninguém e que não quero sofrer, mas dias depois já estou lá, escrevendo inúteis cartas de amores clichês, ou indiretas a ti. Maldito cupido!! Já me cansei, só me faz sofrer. Cansei, não aguento mais nem um pingo de consideração desses “amores eternos”. Já distribuí tantos “eu te amo” e nunca ouvi um único se quer, então, parei. É, parei. Cansei de dar um prato de comida a quem sempre me negou até um mísero copo d’água, cansei de ser sempre a boazinha que sai machucada na história. Vou parar de amar, e dessa vez é de verdade. Não pode ser tão difícil assim domar o meu coração. Vou aprender a ser fria e forte, a não ligar e muito menos demonstrar importância. É tão primevo o uso dessas palavras, “eu vou ser forte”, mas é o único jeito. Não aguento mais esse ador dentro do meu coração, não aguento mais ser dilapidada pelas consequências de estar viva e de possuir sentimentos. Eu cansei das pessoas, acho vou me casar com meu bichinho de estimação, sabe? É isso mesmo, bichos dão mais valores ao seu dono, do que esse povo sem coração. São seres magnânimos, verdadeiras proezas. E eu estou sendo um pouco exagerada, mas sei lá, eu posso morrer sozinha, em uma casa com sete gatos e isolada da civilização, vai ser bem melhor do que sofrer a vida toda por alguém que não me dá a miníma. Excesso de sentimentos cansa, mas demora pra acabar, então eu vou atrás de ser feliz sozinha. Com sentimentos ou sem sentimentos, tanto faz, vou viver! Me libertar dessa dor que me impede de sorrir, viajar na vida, metaforicamente falando. Ser feliz, por que isso é o que resta […] Me prender num sentimento que não vai pra frente não adianta nada. É como se eu estivesse presa num cubo e só tivesse duas soluções pra sair dali: Ou eu morro ou eu mato. No caso ou eu morro de amor, ou eu mato o amor. E eu escolhi matá-lo. Além de ser mais seguro, custa menos e ninguém vai sair machucado. É isso, perfeito, minha vida toda escrita em um mero textinho, que, obviamente, amanhã eu já vou estar descumprindo. Regras ditadas ao vento. Palavras que, depois que se encontra uma pessoa para servir de tapa-buracos, já não importam mais. Amanhã, depois de amanhã, daqui a uma semana ou um mês, tanto faz, eu posso sair na rua e encontrar um príncipe encantado que irá me amar eternamente… Só nos meus sonhos. Porquê depois ele vai embora e me deixa, como todos fizeram. E eu vou sentar-me enfrente a mesa, pegar uma caneta, um papel e começar a escrever, de novo, toda aquela lamentação. Primeiro por ter me entregado, e segundo por estar sentindo falta do filha da mãe. Eu vou sentir saudade e depois chorar, aí vou ficar feliz e dar graças a Deus por ter me livrado de mais um carma. Mas, quer saber a verdade? Tô pouquíssimo preocupada com isso, afinal, a vida toda vai ser assim. Até eu conseguir olhar dentro dos olhos de alguém e enxergar toda a minha vida e toda minha felicidade. Ali, dentro de meros olhos, que talvez eu até já tenha visto e só não prestei muita atenção, apenas.

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