quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Inesquecível.
Eu sempre gostei mesmo das coisas pequenininhas, você deveria saber. Sempre gostei do nosso encaixe, da forma como nossos corpos pareciam se completar num abraço desajeitado. Sempre gostei da sua voz meio morta ao acabar de acordar. E das suas ligações matinais para me desejar bom dia, sempre. E de quando você segurava minha mão enquanto andávamos pela rua… Ah, eu sempre gostei de ver seus lindos dedos envolvendo os meus. E dos seus beijos suaves de boa noite. E das suas mãos fortes acariciando meu corpo. E de encontrar seu olhar tão doce e aconchegante durante uma conversa qualquer. Era tão bom ter você aqui, menino. 
Ontem, no meio da tarde, recordei-me do tom de sua pele, do tom dos seus olhos tão bonitos e cheios de ternura. Recordei-me de como sua presença ao meu lado facilitava meus dias confusos. Agarrei-me às boas lembranças. Eram as únicas que realmente importavam. E decidi que não ia chorar novamente. Não mais. Todos os momentos ao seu lado foram especiais demais para, agora, lamentar sua perda. Todas as risadas, todos os toques… Marcaram, me entende? Tentei esquecer, como você pediu.
E fracassei. Fracassei, porque não podia apagar, da minha memória, uma parte tão bonita da minha história. Da nossa história. Fracassei, porque já não podia lutar contra essa vontade de tê-lo de volta, mesmo sabendo que você não ia voltar. E não vai voltar. Fracassei, e peço-lhe desculpas por isso. O meu problema, meu bem, é que não vejo como esquecer o inesquecível.
Raíssa César.




Inesquecível.


Eu sempre gostei mesmo das coisas pequenininhas, você deveria saber. Sempre gostei do nosso encaixe, da forma como nossos corpos pareciam se completar num abraço desajeitado. Sempre gostei da sua voz meio morta ao acabar de acordar. E das suas ligações matinais para me desejar bom dia, sempre. E de quando você segurava minha mão enquanto andávamos pela rua… Ah, eu sempre gostei de ver seus lindos dedos envolvendo os meus. E dos seus beijos suaves de boa noite. E das suas mãos fortes acariciando meu corpo. E de encontrar seu olhar tão doce e aconchegante durante uma conversa qualquer. Era tão bom ter você aqui, menino. 


Ontem, no meio da tarde, recordei-me do tom de sua pele, do tom dos seus olhos tão bonitos e cheios de ternura. Recordei-me de como sua presença ao meu lado facilitava meus dias confusos. Agarrei-me às boas lembranças. Eram as únicas que realmente importavam. E decidi que não ia chorar novamente. Não mais. Todos os momentos ao seu lado foram especiais demais para, agora, lamentar sua perda. Todas as risadas, todos os toques… Marcaram, me entende? Tentei esquecer, como você pediu.


E fracassei. Fracassei, porque não podia apagar, da minha memória, uma parte tão bonita da minha história. Da nossa história. Fracassei, porque já não podia lutar contra essa vontade de tê-lo de volta, mesmo sabendo que você não ia voltar. E não vai voltar. Fracassei, e peço-lhe desculpas por isso. O meu problema, meu bem, é que não vejo como esquecer o inesquecível.

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