quarta-feira, 25 de janeiro de 2012










E mais uma vez eu fui a tola de sempre, fingi ser forte por alguns momentos, porém nesses desvaneios tristes e mórbidos acabei me afogando novamente. Nunca pensei que eu me tornaria um dia essa pessoa sem sal, com emoções encobertas pela máscara da dor, sufocada e gritando pra sair, porém com receio do que me espera na luz. E cada dia que me olho no espelho vejo um traço de mudança, vejo as veias gélidas do caos em meu corpo, querendo poder me libertar um dia dessa dor, mas as lágrimas insistem em cair. Queria mudar pra melhor, não piorar a cada amanhecer. Não sei por quanto tempo eu conseguirei dizer ”estou bem, obrigada”. Chega a ser clichê a forma como repito esta frase e distribuo sorrisos falsos. E chega a ser assustadora a forma como todos creem que estou bem, enquanto estou completamente aniquilada em meu interior. Tento fazer minhas dores esvaírem juntamente com minhas lágrimas, mas elas apenas aumentam dentro de mim. Sinto-me tão frágil, tão melancólica e nostálgica, tão diferente do que costumava ser. Pergunto-me como que cheguei a este ponto. Logo eu que costumava ser tão forte e decidida. Costumava ser o melhor exemplo força. Tornei-me uma incógnita. Tornei-me fria. Tornei-me tudo o que nunca pensara ser. E nestas tardes nostálgicas, prendo-me às lembranças de um passado repleto de felicidade, esperando que - um dia - eu possa recuperá-la.

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