segunda-feira, 22 de abril de 2013

Hoje eu te vi naquele bar aqui perto de casa, aquele que a gente costumava ir nos finais de semana sabe?  Tu estava com os teus amigos, e estava lindo, totalmente deslumbrante. Fiquei te observando, e te olhando assim, de longe, do canto do bar, até parecia que tu estava feliz, pelo menos estava sorrindo e isso já é o bastante pra sorrir por um mês inteirinho só por lembrar do teu sorriso, que cai entre nós, é lindo. Depois que tu se foi a vida não foi fácil, parece não fazer mais sentido acordar e não te ter lá pra me desejar bom dia, todo sexy, com aquele teu calção laranja e aquela tua camiseta surrada, não tinha sentido acordar e fazer o café da manhã sem tu, ou ligar a tv sabendo que eu iria assistir o programa que quisesse sem tu lá pra brigar comigo por que eu queria assistir aqueles programas chatos que toda mulher gosta, é como se a vida não fizesse sentido sem ti, e na verdade não faz. Tu sabe que nunca fui de fazer textos, em hipótese alguma, que nunca gostei de escrever e tu sempre me cobrava isso, o máximo que eu fazia era deixar um pequeno bilhete na geladeira com algumas frases da Tati Bernardi ou do Caio Fernando de Abreu, ou só um bilhete escrito com poucas palavras mas eram as mais verdadeiras possíveis “Eu te amo”. Mas olhe só, cá estou eu te escrevendo, e tenho quase certeza que tu não vai ler isso, mas talvez quem sabe, algum dia tu volte pra mim e eu te mostre esse pedaço de folha que encontrei no meio da bagunça das minhas gavetas, que tu tanto brigava por eu não ter paciência pra arrumar, quem sabe mais tarde eu as arrume. Mas pequeno, sinto falta do teu cheiro e dos teus abraços, das noites frias, das noites quentes, das noites nubladas, sinto falta de passar a noite inteira ao teu lado. Deu pra perceber? Tudo me leva a ti: as gavetas desarrumadas, ligar a tv, acordar, fazer o café da manhã. Tudo, absolutamente tudo. Ah, é mesmo, ia quase me esquecendo, fiquei sabendo que tu está com outro alguém, não sei se é só uma fofoca ou se realmente é verdade, mas tenho certeza de uma coisa: ela não é nem a metade do que eu fui pra ti. Mas tudo bem, eu te entendo, de verdade, te entendo mesmo, talvez realmente não era pra dar certo, ou era, mas não nesse momento. Quem sabe mais pra frente a gente se encontre em um lugar qualquer, e se por acaso for pra ser, a gente faz acontecer, de qualquer jeito, a gente se enrola em alguns lençóis e deixa os nossos corpos falarem por nós naquele momento, aí tu traz as tuas coisas aqui pra casa novamente e a gente volta a brigar por causa do canal da tv, tu volta a brigar comigo por causa da minha falta de paciência em arrumar as gavetas, e tudo volta a ser como era antes, ou tudo volta a ser como era antes e ainda melhor, não quero nada além de tudo, tudo de volta, sem retirar nada, todas as brigas, todas as tuas roupas espalhas pela casa, tu toda as manhãs, todos os teus sorrisos, os teus abraços, as brincadeiras, o teu cheiro, o amor, tu do meu lado pra sempre. A gente ainda vai se encontrar e tudo vai dar certo, tenho certeza que fomos feitos um para o outro, e te espero ansiosamente no portão de casa, ou no bar onde eu te vi hoje, ou quem sabe em um bar naquela rua movimentada perto da tua casa. Quem sabe? Só o tempo pode dizer, tomara que o destino brinque com a gente e nos encontramos em algum lugar, mas dessa vez por favor que seja o nosso momento de ficarmos juntos por que eu não aguento mais viver sem ti.

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