sábado, 6 de abril de 2013

Não quero que tudo – tudo, tudo – tenha sido em vão, entende? Isto é o que mais me apavora. Que haja dor, que haja tristeza, que haja mesmo um fiapo de desespero em um instante mais ou menos duradouro, bem, a tudo isso posso me habituar e até mesmo ver alguma beleza. Mas que de tudo isso, nasça algo, faça-se algo. É o vazio que me assusta, é a inutilidade do esforço, de tanto sentimento, a inutilidade da dor – principalmente, da dor. Que ao final, não seja nada, não haja nada. Que nada sobreviva – este nada é o que apavora, e posso senti-lo à espreita a cada pequeno passo que dou, seja em direção a ti ou em direção contrária, não importa. Por isso me esforço tanto para esclarecer este imenso que não entendo, porque preciso compreender alguma coisa, por pequenina que seja. Encontrar um sentido para tudo isso, e então escolher uma direção para caminhar, ir adiante. Apesar do cansaço. Apesar dos pés fatigados e do coração dolorido. Apesar das palavras ditas, das palavras soltas e esquecidas ao longo do caminho. Apesar de ti. Apesar de mim. Apesar de nós. Apesar dos erros que cometi nesse meio tempo de vida, e apesar de tais que ainda vou cometer. Quero poder dizer que nasci, agi e fiz a diferença, sabe? Não quero apenas ser nomeada como mais-uma-humana-idiota, é clichê demais pra mim; É banal. Portanto, quero ser diferente, fazer diferente. Ter como base as pessoas mais malucas que eu conheço, e mesmo assim, conseguir fazer com que não me julguem igual a ninguém. Tenho de ser única da minha própria forma, crescer. Não crescer, do tipo “Fiz dezoito anos, já posso sair por aí e me prostituir”, e sim crescer do tipo “Eu posso conseguir minhas vitórias sozinha”. Mostra que posso conquistar meu espaço, tu me entende, pequeno? Entendes a minha preocupação, minha dúvida? Não estou menosprezando-te, jamais. Apenas quero conseguir meu espaço. Ter certeza que o meu futuro estará garantido, não ter que ficar com medo das surpresas que a vida me reserva. Quero ser apenas… Eu. E depois de tudo, poder olhar-te nos olhos e dizer que consegui, que fui capaz. Quero fazer cada e todos os momentos da minha vida valerem a pena, aproveitá-los ao máximo, desfrutar de todas as minhas oportunidades. Quero sair por aí mostrando ao mundo que eu fui capaz de ganhar sozinha, de “ser” sozinha. E poder dizer que só consegui esse mérito porque lutei. “Sem lutas não há vitórias”. Não é assim que tua vó diz? Perfeito, é assim que eu vou fazer! Vou dar meu até meu último fio de cabelo, vou entrar nessa guerra de cabeça e vou ir até o fim. Vou guerrear com a vida, já que ela gosta tanto de sair ganhando e deixar as pessoas feridas, ela vai conhecer-me. Vai ver quem é que manda, quem é mais forte. Dessa vez eu vou ganhar. Vou deixar minha força falar mais alto que o meu medo de viver. E no final, pequeno, eu apenas vou agradecer-te, por estar o meu lado apoiando-me em todas as decisões que tomei, inclusive nessa. E pra lembrar-te sempre, que não se deve deixar momento algum passar em branco, deves fazer a diferença, mesmo que mínima, em cada um deles

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