domingo, 5 de maio de 2013

Se me perguntassem o que mais dói em mim eu diria na certa que tu. Eu passo a maior parte do tempo te vasculhando, te procurando, te perdendo, te encontrando e até escrevendo. Eu ando com um nó na garganta que mais parece a bomba de Hiroshima, prestes a explodir e desaguar por aí o que ando engolindo e sofrendo. Tu não tem noção da dor que carrego e que, caralho, me deixa depressiva, triste, down… uma dor que não consigo exprimir em palavras porque se fossem me abrir encontrariam um abismo mais profundo que o outro. Eu carrego não só o peso deste maldito mundo nas costas, como tu e a tua indiferença; a tua desumanidade. Merda! como fui amar - amar mesmo - logo alguém que se esconde atrás do irreal, do absoluto não-ser, da vida triste e das coisas corriqueiras como uma piada sem graça? Me dói tantas outras coisas e tu é a maior delas. Tu e a distância, tu e a saudade, tu, que fica martelando minha cabeça, me fazendo gritar um eco que só eu escuto porque ninguém desconfia que amo os detalhes, os errados, os filhas da puta - perdoe-me por isso… só estou chorando em palavras -, um eco que enfia facas no meu coração que alimenta os sentimentos que deveriam ficar iniludíveis, exilados, numa parte de mim que nem eu mesma soubesse achar. Mas eu te amo de uma forma dolorida e possa ser que daqui anos eu vá rir pois era só um surto adolescente, ou enlouquecer porque não fui atrás, nem falei… amei em silêncio. Eu te amo como um soco que recebo no rosto, eu te amo na inquietude de horas de lágrimas descompassadas, eu te amo que deixo-te livre para não saber de nada e morrer com muitos outros que deixaram de dizer por não se machucar. Eu me machuca sozinha e as palavras me auxiliam nos desmoronamentos.

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